Táxi

Estava em casa, de férias, e comigo tinha o Gui de 6, e a Nonô, de 8 anos. Combinei irmos lanchar. No fim da viagem, perguntei ao taxista quanto era. Ao pagar, o Gui pergunta-me: “Porque é que estás a dar dinheiro ao senhor? Porque fez o favor de nos trazer até aqui”. Ele responde: Os favores não se pagam. São favores. Respondi-lhe que era o seu trabalho, transportar as pessoas, e que o trabalho deve ser pago. Saímos do Táxi sem que estivesse convencido. Dirigimo-nos à pastelaria. Depois do lanche, e ao aperceber-me que o empregado não tinha trazido o copo de água, pedi ao Gui o favor de me trazer um. Prontificou-se de imediato, todo decidido. Dirigiu-se ao balcão, e num ápice, tinha o copo. Agradeci-lhe e obtive uma resposta inesperada: ”obrigado não, Maria. Fiz-te um favor. Agora, tens que me pagar!”