Monday 21 January 2013

Aventuras tunisinas



Shisha verde

Acabados de chegar ao Hotel, e depois de nos instalarmos, decidimos dar uma volta a pé. Andámos, andámos, andámos, até que chegámos à Medina nova de Hammamet. Uau! Coisas tão lindas e diferentes. Pois é: mas não estávamos habituados à melguice dos vendedores. Só queríamos beber um sumo de laranja natural que nos tinha sido prometido à entrada, mas acabámos aprisionados numa das lojecas, em que um “puto”, queria porque queria que levássemos qualquer coisa. Ele era lâmpadas de Aladino, frascos com fragrâncias, “olhos” contra o mau-olhado, placas com os nossos nomes escritos em Árabe, uma infinidade de coisas sem utilidade nenhuma. Depois de muitos “nãos”, e de explicarmos que só nos queríamos refrescar, fomos confrontados com o dono da loja, que estava com dificuldades em aceitar que não quiséssemos nada da sua “casa”, que tinha de tudo. Comecei a ficar apreensiva, e pensei: ok, vou levar tabaco para o narguilé. Assim, deixa-nos em paz. Perguntei então, em Português: “Shisha vende”? Respondeu com outra pergunta: “grande ou pequeno?”. Pensei que se levasse uma embalagem grande, ele ficaria feliz, e nós estaríamos abastecidos. Apontou então para um narguilé verde enorme e óooorrível. Começo a aperceber-me da atrapalhação do Pedro, e sem perceber, perguntei-lhe: “Então? O que é que se passa?”. Ao que respondeu: - não podias ficar calada? Isto até que não estava a correr mal de todo.” Pedi que lhe explicasse que o que procurávamos era uma embalagem grande de tabaco, em vez da “Shisha verde” que nos queria impingir. Mas, ele não entendeu. Estava furioso, aos saltos nos seus chinelos. Pensei: “vamos ser assassinados. O que vale é que o meu irmão chega depois de amanhã e vai dar pela nossa falta”. Conseguimos escapar desta graças ao Pedro.

Já era altura de aprender a ficar calada!


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