Shisha verde
Acabados de chegar ao Hotel, e depois de nos instalarmos,
decidimos dar uma volta a pé. Andámos, andámos, andámos, até que chegámos à
Medina nova de Hammamet. Uau! Coisas tão lindas e diferentes. Pois é: mas não
estávamos habituados à melguice dos vendedores. Só queríamos beber um sumo de
laranja natural que nos tinha sido prometido à entrada, mas acabámos aprisionados
numa das lojecas, em que um “puto”, queria porque queria que levássemos
qualquer coisa. Ele era lâmpadas de Aladino, frascos com fragrâncias, “olhos”
contra o mau-olhado, placas com os nossos nomes escritos em Árabe, uma
infinidade de coisas sem utilidade nenhuma. Depois de muitos “nãos”, e de
explicarmos que só nos queríamos refrescar, fomos confrontados com o dono da
loja, que estava com dificuldades em aceitar que não quiséssemos nada da sua
“casa”, que tinha de tudo. Comecei a ficar apreensiva, e pensei: ok, vou levar
tabaco para o narguilé. Assim, deixa-nos em paz. Perguntei então, em Português:
“Shisha vende”? Respondeu com outra pergunta: “grande ou pequeno?”. Pensei que
se levasse uma embalagem grande, ele ficaria feliz, e nós estaríamos abastecidos.
Apontou então para um narguilé verde enorme e óooorrível. Começo a aperceber-me
da atrapalhação do Pedro, e sem perceber, perguntei-lhe: “Então? O que é que se
passa?”. Ao que respondeu: - não podias ficar calada? Isto até que não estava a
correr mal de todo.” Pedi que lhe explicasse que o que procurávamos era uma
embalagem grande de tabaco, em vez da “Shisha verde” que nos queria impingir. Mas,
ele não entendeu. Estava furioso, aos saltos nos seus chinelos. Pensei: “vamos
ser assassinados. O que vale é que o meu irmão chega depois de amanhã e vai dar
pela nossa falta”. Conseguimos escapar desta graças ao Pedro.
Já era altura de aprender a ficar calada!
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