Mais uma saída. Mais uma noite no Lux.
Depois de passear por todo o edifício, de apreciar a música,
as pessoas, o convívio, ficamos a falar com outro amigo. Passados uns momentos,
pensei: que bom que era ter aqui um sofá para me sentar. Continuei a dançar ao
som da música e suavemente, dei 2 passos atrás. Bati com o calcanhar numa coisa
de metal. Suavizei ainda mais os movimentos, e apercebi-me que existia ali,
qualquer coisa ao nível da minha cintura. Bati ao de leve com o braço e
exclamei mentalmente: “Oh! O braço de um sofá. Que must!”. Apreciei a textura do tecido, o design do braço. Encontrava-me nesta pesquisa quando pensei
finalmente: “Pera ai! Um braço de sofá tão alto? Dei um salto para a frente,
bati nas costas do Jorge, e perguntei: “o que está atrás de mim?”. Ele olhou, e
disse: ”eu não quero nem saber o que andaste a fazer”. – E porquê? – O que está
atrás de ti é um rapaz sentado num banco alto. – Como é que está a cara dele?”
– Não tenho coragem de olhar. Mas está imóvel. – OK, O braço do sofá era a perna
de um senhor. Imóvel, é certo.
Posteriormente, em casa de uns amigos, recordei a situação.
Apoiei o braço em cima da perna do Pedro e comentei: "engraçado Pedro,
estas calças de cabedal, fazem-me lembrar o braço de um sofá, onde uma noite
apoiei os meus pensamentos".
Pedro olha para as calças, franze o nariz e diz: "mas
as calças são de ganga".
Ao que Jorge responde: "não te preocupes, também o
braço daquele sofá era de ganga".
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